O Oriente Médio voltou a ser palco de uma grave escalada de tensão internacional. Na noite de quinta-feira (12), as Forças de Defesa de Israel lançaram uma ofensiva aérea contra dezenas de alvos estratégicos no Irã, em uma ação que elevou drasticamente o clima de guerra entre os dois países.
As explosões atingiram a capital Teerã e outras cidades iranianas. Segundo o governo israelense, o ataque teve como objetivo conter o avanço do programa nuclear iraniano, considerado uma ameaça direta à segurança de Israel e de seus aliados no Ocidente.
Em resposta, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez duras ameaças: afirmou que tanto Israel quanto os Estados Unidos “irão pagar caro” e prometeu um “destino amargo” ao governo israelense.
A situação se agravou ainda mais após uma segunda onda de bombardeios conduzida por Israel. Em retaliação, o Irã lançou centenas de mísseis balísticos contra alvos israelenses, ampliando o risco de um conflito regional de grandes proporções.
O que motivou Israel a atacar o Irã?
De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a ofensiva teve caráter preventivo. O governo israelense acusa Teerã de estar prestes a concluir o desenvolvimento de armas nucleares, o que representaria uma ameaça à existência de Israel e à estabilidade mundial.
A Embaixada de Israel no Brasil divulgou nota em que classifica o Irã como “o principal patrocinador do terrorismo global” e o acusa de conduzir “um extenso e clandestino programa de armas nucleares” com o objetivo de “aniquilar o Estado de Israel”.
Autoridades israelenses afirmam que o Irã já possui urânio enriquecido suficiente para fabricar até nove bombas nucleares — sendo que um terço desse material teria sido produzido apenas nos últimos três meses.
Netanyahu foi categórico: “Israel não permitirá que o Irã obtenha armas de destruição em massa. Defenderemos nosso povo e nosso território por todos os meios necessários”.
Raízes profundas do conflito
A rivalidade entre Israel e Irã não é recente. Envolve disputas ideológicas, religiosas e geopolíticas que se arrastam há décadas. Enquanto Israel considera o programa nuclear iraniano uma ameaça existencial, o Irã acusa o Estado israelense de promover agressões contínuas e de ocupar ilegalmente territórios palestinos.
Analistas internacionais alertam que, se não houver uma mediação eficaz, a atual escalada pode desencadear um confronto ainda mais amplo, envolvendo outros países da região e afetando a estabilidade global.