O Brasil é o país mais infiel da América Latina, segundo a plataforma Gleeden, especializada em relacionamentos extraconjugais. Os dados vêm da pesquisa Radiografia da Infidelidade e Infiéis no Brasil, realizada em 2022, que revelou um índice impressionante: oito em cada dez brasileiros já traíram em relações monogâmicas.
Com esse número, o Brasil supera outros países da região, como Colômbia, México, Argentina e Chile. O levantamento escancara um comportamento recorrente e revela ainda a redução da diferença entre os gêneros no ato de trair: 91% dos homens e 88% das mulheres itiram infidelidade em algum momento da vida.
Por que as pessoas traem?
Entre as principais motivações femininas, destacam-se o desejo de se sentirem sexy e desejadas novamente (32%) e a falta de atenção do parceiro (28%). No caso dos homens, os motivos incluem carência, insatisfação emocional ou sexual, além da busca por novas experiências e influência de amigos.
Outro dado curioso revelado pela pesquisa está relacionado ao envio e recebimento de imagens íntimas. Para 95% dos entrevistados, receber nudes diretamente de alguém é considerado traição. No entanto, se o conteúdo for de fonte pública, apenas 19% consideram infidelidade.
Além da traição física, o estudo abordou atitudes que também abalam os relacionamentos, como envolvimento emocional com outra pessoa, omissão de sentimentos ou manter a relação apenas até encontrar “alguém melhor”.
Cultura e perdão
A pesquisa também apontou diferenças no modo como homens e mulheres lidam com a traição. Por influência do machismo e de fatores culturais, as mulheres tendem a perdoar mais a infidelidade do que os homens, mesmo quando o comportamento se repete.