O novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou importantes mudanças no perfil religioso da população de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, entre os anos de 2010 e 2022. Os dados mostram queda no número de católicos, avanço de evangélicos, aumento expressivo das religiões de matriz africana e um crescimento entre os que se declaram sem religião.
📉 Católicos em queda
A religião católica apostólica romana, embora ainda represente o maior grupo religioso no município, registrou uma queda significativa de fiéis:
- 2010: 53.793 pessoas
- 2022: 45.138 pessoas
📉 Redução de 8.655 fiéis
📈 Evangélicos em ascensão
O número de evangélicos cresceu no mesmo período, confirmando uma tendência observada em todo o país:
- 2010: 19.872 pessoas
- 2022: 25.565 pessoas
📈 Aumento de 5.693 fiéis
✝️ Espíritas em leve queda
O grupo espírita teve uma leve retração:
- 2010: 879 pessoas
- 2022: 795 pessoas
📉 Redução de 84 fiéis
🕯️ Religiões afro-brasileiras se expandem
As religiões de matriz africana, como Umbanda e Candomblé, apresentaram o crescimento mais expressivo proporcionalmente:
- 2010: 137 pessoas
- 2022: 595 pessoas
📈 Aumento de 334%
🙏 Outras religiões também crescem
A categoria “outras religiosidades” também mais que dobrou:
- 2010: 1.632 pessoas
- 2022: 4.075 pessoas
📈 Aumento de 2.443 fiéis
❌ Mais pessoas sem religião
Também cresceu o número de pessoas que se declaram sem religião:
- 2010: 11.150 pessoas
- 2022: 13.881 pessoas
📈 Aumento de 2.731 pessoas
📊 O que os números indicam?
Os dados apontam para uma diversificação crescente do cenário religioso em Santo Antônio de Jesus. A cidade segue a tendência nacional de redução do número de católicos, enquanto evangélicos e especialmente de matriz africana ampliam sua presença.
Além disso, o aumento de pessoas sem religião evidencia um fenômeno de secularização, ainda que tímido, mas crescente entre a população, especialmente entre os jovens.
A mudança no perfil religioso pode ter impacto direto na cultura, na política e nos costumes da cidade, refletindo transformações sociais mais amplas vivenciadas no país nos últimos anos.