STF determina prisão de Carla Zambelli, bloqueio de bens e inclusão na lista da Interpol

Ministro Alexandre de Moraes atendeu pedido da PGR e apontou tentativa da deputada de fugir da Justiça após condenação por ataque cibernético

Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), um dia após a Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolar o pedido.

A decisão inclui o bloqueio de aportes inclusive o diplomático, salários, verbas parlamentares, veículos, bens, contas bancárias, transferências via PIX e redes sociais da parlamentar.

Além disso, Moraes ordenou que o nome de Zambelli fosse incluído na lista vermelha da Interpol e impôs multa diária de R$ 50 mil para novas publicações que repliquem condutas consideradas criminosas.

A parlamentar deixou o Brasil e afirmou estar nos Estados Unidos, com planos de seguir para a Europa para, segundo ela, realizar tratamento de saúde.

A medida foi tomada no contexto da condenação de Zambelli a 10 anos de prisão por envolvimento em um ataque cibernético ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo o ministro, a viagem internacional da deputada tem como objetivo evitar o cumprimento da pena e antecipar uma eventual perda de mandato parlamentar.

“A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa”, afirmou Moraes na decisão. A PGR classificou a parlamentar como foragida, alegando que ela se evadiu do país e declarou publicamente intenção de desrespeitar a sentença.

Antes da decisão, veículos de imprensa revelaram que o marido da deputada havia pedido licença do cargo de secretário em uma cidade do interior do Ceará para acompanhar Zambelli na viagem.

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